Única mulher no grupo de cinco debatedores e postulantes ao governo, Roseana Sarney (PMDB), governadora e candidata à reeleição pela coligação O Maranhão não Pode Parar, respondeu às provocações de seus opositores, durante todo o debate na TV Mirante/Rede Globo, e conseguiu passar ao telespectador algumas das principais diretrizes de seu programa de governo. O embate político realizado a noite desta terça-feira, 28, após a novela Passione, durou duas horas, tendo como mediador o jornalista Tonico Ferreira.
“A mulher maranhense é valente”. A frase da candidata Roseana ao chegar ao prédio da TV Mirante já previa que os outros quatros candidatos - Jackson Lago (PDT) e Flávio Dino (PCdoB), Saulo Arcangeli (PSOL) e Marcos Silva (PSTU) -, teriam um único objetivo: desconcentrar a peemedebista de seu propósito de discutir programas de governo.
Sob o cenário montado pelos opositores, o sorteio que definiu o debatedor para abrir cada bloco de perguntas só confirmou a estratégia: Lago, Dino e Arcangeli voltaram seus torpedos para a peemedebista ao serem sorteados nos três primeiros blocos. A exceção foi o quarto, aberto por Roseana.
A candidata do PMDB chegou a pedir respeito, em algumas ocasiões, devido às inverdades que eram ditas pelos candidatos. Jackson Lago foi advertido quatro vezes por Tonico Ferreira por ter ultrapassado o tempo e em duas oportunidades de perguntas e respostas fez “jogo de compadre” com o Flávio Dino. Enquanto Marcos Silva e Saulo Arcangeli insistiram em polêmicas, sem consistência, do passado.
Em todos os questionamentos, a peemedebista deu um jeito de levar ao eleitor suas propostas. Em nenhum momento do programa, fez qualquer tipo de insinuação, brincadeira, insulto ou injúria aos outros candidatos. Firme, Roseana fez perguntas relativas ao programa de governo de cada um, incluindo propostas para a saúde, desenvolvimento econômico, cultura e infraestrutura.
Blocos
Na primeira questão do bloco inicial, sobre políticas sociais, Lago tentou atacar Roseana e ela respondeu: “Fizemos várias obras inacabadas... e vamos entregar 300 apartamentos, numa programação com o governo federal”. Ao falar sobre saúde pública, a peemedebista destacou a construção de 72 hospitais, de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). “Todas as minhas obras serão concluídas e faremos com que a saúde do Maranhão realmente funcione”, frisou.
No segundo bloco, de novo a primeira pergunta foi para Roseana. Desta fez feita por Flávio Dino, com tema livre, sobre políticas públicas (saúde, educação, habitação). A candidata salientou que, durante sua gestão anterior, mesmo sem os programas sociais do governo federal, sem fundos para a educação, promoveu projetos inovadores. “Fizemos o Viva Luz, o Viva Cidadão, o Leite é Vida, assim como realizamos a maior reformar agrária do Brasil, com reconhecimento do ministério. E nessa época, lembro, não tinha PAC (Programa de Aceleração do Crescimento)”, disse.
No bloco seguinte, Roseana respondeu ao questionamento de Saulo Arcangeli e, ao final da rodada, de acordo com as regras, ao de Marcos Silva. Os dois arguiram sobre fatos políticos passados, nas áreas de saneamento básico e privatização, que em nada acrescentaram ao debate.
No último bloco, de considerações finais, a candidata da coligação O Maranhão não Pode Parar agradeceu a oportunidade de participar do debate e se dirigiu diretamente ao eleitor, começando por dizer o seu nome e de seus familiares.
“Desde os 14 anos que faço política e aprendi a admirar e a trabalhar pelo Maranhão. Meu sonho agora é fazer o melhor governo da minha vida, construir, com o seu apoio, um Maranhão melhor para todos”, falou Roseana ao telespectador.